Werewolf Tearjerker

Werewolf Description

Tearjerker: A Maldição das Águas Verdes

A Vida Antes da Lua

Tearjerker nasceu como Elian, o caçula da família Maré, em uma pequena vila de pescadores à beira de um lago vasto e antigo. Enquanto seus irmãos mais velhos herdaram a coragem do mar e a força para as redes, Elian herdou a sensibilidade do lago em repouso. Seus olhos eram de um cinza prateado, como a superfície da água sob o céu nublado. Ele preferia a companhia silenciosa de Alistair, o velho camponês que vivia na floresta e lhe ensinava sobre as ervas, as estrelas e as histórias antigas, ao invés do barulho dos barcos.

Sua vida era simples, pintada com as cores suaves do amanhecer e o cheiro de sal e madeira molhada. Ele amava sua família, mesmo sentindo que não se encaixava perfeitamente nela. O velho Alistair era seu refúgio, um segundo pai que via no garoto uma alma antiga e tranquila.

A Noite da Esmeralda Sanguinária

Foi numa noite de lua cheia, inexplicavelmente fria para a época, que o destino cuspiu sua maldição. Elian voltava da cabana de Alistair quando um urro, que era ao mesmo tempo um uivo e um estrondo, rasgou o silêncio. O que ele viu ao chegar à sua casa seria eternamente gravado em sua mente.

A criatura era um pesadelo em movimento. Mais alta que um homem, com músculos retorcidos sob uma pelagem de um verde vibrante e profundo, como esmeraldas banhadas em luva. Seus olhos brilhavam com uma fúria amarela e antiga. A fera estava em frenesi, e os gritos de sua família foram se extinguindo, um a um, sob suas garras.

Elian, paralisado pelo horror, tentou correr, mas era tarde demais. A besta esmeralda se virou para ele. O ataque foi rápido e brutal. Garras como adagas rasgaram seu torso, e a dor foi tão avassaladora que o mundo escureceu. A última coisa que ele viu foram os olhos amarelos da fera, sem uma centelha de razão, apenas o vazio de uma fome infinita.

O Despertar e a Ruína

Elian acordou ao raiar do sol, nu, ensanguentado e envolto em uma dor que não era mais apenas física. Sua pele estava coberta de sangue seco e terra, seus ossos doíam como se tivessem sido quebrados e remendados durante a noite. A memória do ataque voltou como uma maré negra.

Ele se arrastou para o que restava de sua casa. O silêncio era o mais aterrorizante de todos os sons. Ele encontrou seus pais, seus irmãos... nenhum havia sobrevivido. E então, ele viu. No chão de terra batida, misturadas às marcas de garras da fera, estavam suas próprias pegadas, humanas, ao lado de outras, de um lobo de pelagem verde escura.

A verdade caiu sobre ele como uma lápide. A fera esmeralda não havia apenas atacado sua família. Ela havia feito dele um espelho de sua própria maldição. A maldição que agora corria em suas veias, uma herança de pesadelo deixada por seu assassino.

O Nascimento de Tearjerker

Nos dias seguintes, a dor transformou-se em uma angústia muda. Os aldeões, encontrando-o vivo no meio da carnificina, sussurravam que ele era um milagre ou um amaldiçoado. Elian não se importava. Ele já não era Elian.

Na primeira lua cheia após a tragédia, a transformação o pegou. Foi uma agonia que dilacerou sua alma antes de dilacerar seu corpo. Quando a consciência humana retornou ao amanhecer, ele estava coberto de sangue fresco, e os restos de um veado estavam próximos. Ele chorou, mas as lágrimas que escorriam de seus olhos humanos não eram claras. Eram de um verde líquido e brilhante, como esmeraldas derretidas.

Foi então que ele soube. A maldição não era apenas uma prisão mensal; era uma marca visceral. Ele adotou o nome Tearjerker ("Arrancador de Lágrimas" ou "Aquele que comove até as pedras"), um lembrete irônico e agonizante de sua natureza. Suas lágrimas de lobisomem, verdes como o pelo da besta que o criou, eram a prova física de sua dor infinita.

A Busca e a Profecia

Fugindo para a floresta, Tearjerker encontrou refúgio na cabana abandonada de Alistair. Entre os livros antigos do velho camponês, ele encontrou uma pista: uma menção a um lobisomem primordial, um espírito da floresta corrompido conhecido como "O Jade Sanguinário". Dizia a lenda que sua linhagem era única, marcada pelo verde da corrupção da natureza, e que apenas o sangue daquele que te criou pode quebrar a maldição... ou conceder controle absoluto sobre ela.

Agora, Tearjerker vive uma existência dupla:

· Como Elian: Uma lembrança fantasma, um caçador solitário que evita o contato humano, carregando o peso de um luto que nunca cicatriza.
· Como Tearjerker: A fera esmeralda, um lobisomem que caça outros monstros, lutando para direcionar sua fúria para algo que se assemelhe a um propósito. Suas caçadas são silenciosas e brutais, e ao final de cada uma, ele chora lágrimas verdes pelo que se tornou.

Seu objetivo é claro: encontrar o Jade Sanguinário. Não para ganhar controle, mas para destruí-lo. Ele vagueia pelas terras, um faroleiro solitário em um mar de escuridão, seguindo o rastro de lendas e pesadelos, sempre buscando a fera de pelos verdes como esmeraldas. Ele é a tragédia em movimento, um homem que perdeu tudo e se tornou o próprio monstro que mais teme, na esperança de que, um dia, possa fazer o mundo chorar por sua libertação final.

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Elementos Adicionais para Enriquecer sua Campanha:

· As Lágrimas de Esmeralda: Suas lágrimas podem ter propriedades mágicas. Talvez curem outros, mas causem uma dor terrível a ele. Ou talvez sejam um veneno poderoso. Elas podem ser a chave para ferir o Jade Sanguinário.
· O Velho Alistair: E se Alistair não fosse apenas um camponês? Talvez ele fosse um caçador de lobisomens aposentado, e seu conhecimento seja crucial para Tearjerker controlar a besta interior.
· A Fraqueza: A cor esmeralda pode ser uma pista. Talvez Tearjerker seja vulnerável a algo relacionado à pureza (luz do sol pura? água benta?) ou ao oposto no espectro de cores, como a luz de uma pedra rubi.
· O conflito interno: A besta dentro dele não é uma entidade separada; é a própria raiva e dor de Tearjerker personificadas. Controlar a fera significa enfrentar seu próprio luto e raiva, não apenas dominá-la pela força.

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